segunda-feira, 21 de maio de 2012

COMISSÃO DA VERDADE

À partir do dia 10/05, a Comissão da Verdade passou, de fato, a existir, quando a Presidenta Dilma confirmou os nomes dos 7 integrantes do grupo, entre eles, um gaúcho de Passo Fundo.

Membros:
  1. José Carlos Dias (Ex-ministro da Justiça)
  2. Gilson Dipp (Gaúcho, Ministro do STJ e do TSE)
  3. Rosa Maria Cardoso da Cunha (Amiga e ex-Advogada de Dilma durante o Regime Militar)
  4. Cláudio Fonteles (Ex-Procurador-geral)
  5. Maria Rita Kehl (Psicanalista)
  6. José Paulo Cavalcanti (Jurista)
  7. Paulo Sérgio Pinheiro (Diplomata)
A comissão deverá apontar, sem poder de punir, responsáveis por mortes, torturas e desaparecimentos na ditadura e funcionará por dois anos.

Uma pergunta que não quer calar: 

- Quem se importou até agora com os erros e repercussões cometidos pelos governos da União contra os AVBs, AVRs e ACCs?

Um texto que não podemos deixar de apresentar:

"Enfrentamos tortura psicológica por parte do governo federal, constantemente correndo risco de vida, e quando estava acabando o contrato, começava a tortura psicológica. Ficávamos pensando: o que vamos fazer? Sem emprego e sem segurança física da Receita Federal.Que sentimentos ruins. Era um pesadelo. Imaginem trabalhar na vigilância e repressão ao contrabando e descaminho. Todos nós ao sermos desligados ficamos sujeitos aos marginais, até mesmo ao caminharmos pelas ruas. A nós só restaram duas alternativas: mudar de cidade ou enfrentar os marginais, que começavam a nos ameaçar (inclusive, a nossos familiares). Mudamos de cidade. Mas, quando retornávamos para visitar parentes e amigos tínhamos que fazer isso escondidos, com muito medo de encontrarmos os bandidos que combatíamos, tanto por terra quanto no mar: piratas e contrabandistas 24 horas. Se, no desempenho dos trabalhos o risco de perdermos a vida era constante, imaginem sem qualquer amparo da Receita Federal?
Com os primeiros desligamentos, os delinquentes souberam rapidamente quando ficamos fora da Receita Federal; nos anos seguintes em que isso se tornou hábito, ficamos desmoralizados e até servimos de "chacota". Não tivemos nenhum apoio, muito menos, social, do Governo Federal que nos jogou na rua, sem piedade. Não podíamos expressar e nem reclamar nossos direitos. Naquela época vivíamos a Ditadura.
...
Tenho certeza que, em maior ou menor grau todos viveram situações parecidas com as relatadas acima e a grande maioria vai se identificar totalmente com elas!" (Autor desconhecido)


 

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